sábado, 20 de novembro de 2010

Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbica

Postado por Valdecarlos Alves Qui, 11 de Novembro de 2010 20:29
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Universidade em São Paulo quer ter o direito de ser homofóbica

Ao utilizar como justificativa diversas citaçõe da bíblia, a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo –publicou em seu site um manifesto através do qual exprime a sua opinião quanto à lei que caracteriza homofobia como um crime. Leia abaixo:

Manifesto Presbiteriano sobre a Lei da Homofobia

O Salmo 1, juntamente com outras passagens da Bíblia, mostra que a ética da tradição judaico-cristã distingue entre comportamentos aceitáveis e não aceitáveis para o cristão. A nossa cultura está mais e mais permeada pelo relativismo moral e cada vez mais distante de referenciais que mostram o certo e o errado. Todavia, os cristãos se guiam pelos referenciais morais da Bíblia e não pelas mudanças de valores que ocorrem em todas as culturas.

Uma das questões que tem chamado a atenção do povo brasileiro é o projeto de lei em tramitação na Câmara que pretende tornar crime manifestações contrárias à homossexualidade. A Igreja Presbiteriana do Brasil, a Associada Vitalícia do Mackenzie, pronunciou-se recentemente sobre esse assunto. O pronunciamento afirma por um lado o respeito devido a todas as pessoas, independentemente de suas escolhas sexuais; por outro, afirma o direito da livre expressão, garantido pela Constituição, direito esse que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, sendo de natureza confessional, cristã e reformada, guia-se em sua ética pelos valores presbiterianos. O manifesto presbiteriano sobre a homofobia, reproduzido abaixo, serve de orientação à comunidade acadêmica, quanto ao que pensa a Associada Vitalícia sobre esse assunto:

“Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.

Visto que: (1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros; (2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente; (3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto; (4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País; (5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).

A Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.

Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil reafirma seu direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo”.

Rev. Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ando muito triste e desiludida...

"Pobre São Paulo... Pobre paulistas..."
Por Maria Luiza de Paula Mazzucatto
Os meus últimos contatos em discussões na internet me deixaram num primeiro momento muito revoltada, revolta esta que transformaram-se e tristeza e disilusão. Tudo isso por que? As eleições trouxeram a tona um pensamento tacanha e preconceituoso, a idéia de superioridade de parte irrelevante de nossa sociedade.

Não sou inocente ao ponto de achar que não existia tais contradições em nossa população, porém por um bom tempo elas estavam "debaixo do tapete", e os que as compartilhavam tinham um certo pudor em colocá-las visível para todos. Pois é, sem maiores pudores vieram como uma tempestade cair sobre nossas cabeças. As principais redes sociais povou-se de uma bandinho de seguidores de uma suposta superioridade paulista sobre o povo nordestino.
É Serra, você com seu discurso de extrema direita conseguiu uma coisa nessas eleições; dar força e voz a tudo de mais retrógrado que temos na população paulista, ou seja sulista de modo geral. Primeiro foi forçar uma discussão pobre sobre o aborto, questão muito séria, depois tentar teocratizar o debate politico num país que por formação histórica tenta ser laico.
É realmente, usar drogas pode ser perigoso, um simples cigarro é uma influência péssima aos nossos jovens. E insentivar o ódio não é? É acho que para Serra não é...
Isso foi um desabafo de uma paulista que não tem nenhuma descendência nordestina, que pena, digo de passagem, que adoro esses maravilhosos nordestinos que possbilitaram a arquitetura do Estado de São Paulo e muito mais coisas tão admiradas por esses que agora os repele.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam na Igreja Católica

Mino Carta 28 de outubro de 2010 às 18:35h

Mino Carta revela sua indignação com o discurso do papa Bento XVI aos bispos brasileiros
Diante do discurso do papa Bento XVI nesta quinta-feira 28 aos bispos brasileiros, a indignação do diretor de Redação de CartaCapital, jornalista Mino Carta:
“Acho que o papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam todos os dia na Igreja Católica. Deveria se preocupar com os padres pedófilos, e este, a bem da verdade, é um antiguíssimo problema, sempre hipocritamente ignorado. Deveria se preocupar com os inúmeros prelados que têm relação com a máfia. E com as investigações da justiça italiana sobre as atividade de seu banco, o IOR – Instituto para as Obras de Religião – que é, há muito tempo, um dos mais renomados do mundo em matéria de lavagem de dinheiro. A hipocrisia vaticana se revela até mesmo no nome. Que “obras religiosas” seriam essas?”



Mino Carta
Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde.
redacao@cartacapital.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Reflexos dos anos de ditadura militar na sociedade atual

Presos politicos foram submetidos a prisão comum com criminosos comuns. Olha no que deu...
Por Maria luiza de Paula Mazzucatto
Hoje dia fala-se muito do crime organizado, mas nunca se discute como surgiu e quando, nunca se discutem sua gênese. Pois é, damos pouca importância para a História. Que História? a oficial ou a inventada Essas incógnitas é reflexo do modelo repressivo instaurado no Brasil com o golpe militar de 1964. Esconder a verdade era o lema, coisa que alguns remanescentes desse período ainda defende atualmente.
O fato é que, atualmente nossa sociedade sofre por esses erros do passado. O crime organizado no Brasil atual têm em sua gênese um culpado em especial, mais de 20 anos de ditadura militar. Voces leitores podem me perguntarem, por que? e, eu respondo. A ditadura prendeu, torturou, exilou e matou cidadãos brasileiros que só queriam uma coisa, democracia. É, isso mesmo.
Estudantes, intelectuais, artistas, politicos, trabalhadores e ai vai, foram considerados “perigosos”. Mas, perigosos por que? Queriam liberdade, um principio da democracia, aspecto esse de todos os que respeitam um Estado de direito.
Presos politicos foram mandados para verdadeiros “campo de concetração”, fazendo uma aluzão ao nazismo de Hitler. Desta forma, expôs pessoas inocentes a criminosos perigosos. Sabe no que isso deu? Presos conseguindo o que lhes faltava, a inteligência devido a sua convivência com pessoas altamente intelectualizadas e politizadas. Esse convivio rendeu a criminosos condições ideais para se organizarem, mas não pelo mesmo motivo de seus companheiros de cela intelectuais, mas sim para seu objetivos em nome do crime.
Pois é, ainda tem gente que defende esse modelo de governo, a ditadura. Eu acho que essas pessoas nunca estudaram História, pois senão saberiam que, o uso da mentira e da força traz consequências muitas vezes irreversíveis.
Caros leitores, meu lema: Ditadura nunca mais.